quinta-feira, 31 de março de 2016

Ensinando estratégias de leitura e de escuta em língua estrangeira

 

O que são estratégias? 

Estratégias são formas que utilizamos para fazer alguma coisa da melhor maneira possível, ou seja, o caminho mais adequado a seguir para chegar a algum objetivo. No caso das estratégias de leitura e de escuta, elas são as formas que o leitor ou interlocutor se utiliza para a compreensão de um texto. 

Por que devemos ensinar estratégias de leitura e auditivas para nossos alunos? 

Nosso objetivo principal como professores é formar leitores e ouvintes autônomos, críticos e reflexivos, que são capazes de ler ou ouvir um texto de forma inteligente e independente. Ensiná-los estratégias de aprendizagem é a melhor maneira que fazer com que eles aprendam por si mesmos e que tenham a capacidade de ler qualquer texto. 

Devemos ensinar todas as estratégias? 

Sim, devemos apresentar o máximo de estratégias para que o aluno possa escolher qual melhor se adapta à sua realidade e seu modo de estudar. As estratégias são diversas e os professores devem levar em conta as diferentes inteligências dos alunos e deixá-los escolher. É importante também que o professor ensine seus alunos a buscarem e criarem suas próprias estratégias de aprendizado, o que gera autonomia no aluno. Ao abandonar o uso de estratégias, as leituras podem se tornar difíceis, monótonas e cansativas. A compreensão oral e escrita podem ser bastante prejudicadas quando não há o uso de estratégias. Leffa (1996) ilustra muito bem a importância das estratégias de leitura: 

"...o que o leitor processa da página escrita é o mínimo necessário para confirmar ou rejeitar hipóteses. Os olhos não vêem o que realmente está escrito na página, mas apenas determinadas informações pedidas pelo cérebro. A compreensão não começa pelo que está na frente dos olhos, mas pelo que está atrás deles."(Leffa, 1996, p. 14). 

Quais são as estratégias existentes? 

Previsão: Usando essa estratégia, o leitor prevê e antecipa o que ainda está por vir. Ele pode se basear tanto nos fatos do texto como nas informações inferidas. 

Inferência: após a leitura do título ou a identificação das ilustrações, o leitor chega a uma conclusão sobre o tópico do texto. A inferência permite ao leitor “construir novas proposições a partir de outras já dadas”. (Marcuschi, 1984, p.25) 

Identificação do gênero: um aspecto muito importante para trabalhar com os alunos. Definir que tipo de texto é, onde podemos encontrá-lo, quais são as características típicas desse gênero, sua estrutura, etc. 

Resgate dos conhecimentos prévios: Antes de iniciar qualquer leitura ou ouvir qualquer argumentação, é de extrema importância debater o que se sabe a respeito do tópico a ser lido (ou ouvido). 

Explorar figuras e títulos: Essa estratégia faz com que a leitura se torne muito mais acessível ao cérebro, ajudando na compreensão do texto. 

Identificação de fatores chave: Ao fazer uma leitura rápida do texto com objetivos de encontrar palavras e acontecimentos chave, o leitor já consegue ter uma visão geral do objetivo da tarefa. 

Formulação de hipóteses: É uma estratégia excelente para se usar após uma leitura para desenvolver o pensamento crítico dos alunos. 

Representação visual dos acontecimentos: Para alunos que são estritamente visuais, essa estratégia também auxilia na memorização da sequência de acontecimentos. 

Resumo: pedir para o aluno recontar o que leu com seu próprio vocabulário faz com que ele reflita e faça uma análise crítica a respeito do texto. 

O uso de estratégias produz gosto pela leitura. O desenvolvimento de estratégias por parte do aluno é uma das principais metas dos professores de idiomas. Portanto, usá-las com frequência e colocá-las como parte de suas aulas com certeza vai incentivar seus alunos a buscarem suas próprias estratégias. 

segunda-feira, 21 de março de 2016

Teaching versus learning! Your desire to change must be greater than your desire to stay the same - Louise Potter


If we check into the schools our children of the 21st century are studying at, we can sometimes easily relate to our own classrooms 30 years ago. The furniture might be a little more modern and the blackboard may have been replaced for an interactive white board or a computer, but the teacher is still standing in front of a line of desk, lecturing students who are passively listening or silently taking notes. Especially in the language classrooms.
We have come a long way in theory, discussing about our students’ 21st century skills and needs, insisting upon how important it is to implement technology in the classroom, enhancing our students’ soft skills and making them think critically. Nevertheless, when we walk through the front gates of most schools, we can easily be entering a school of the 1970´s.

Why is it so difficult to change?
I believe that what we do and how we live often defines us. It defines whether we are an active person or perhaps an introspective and reflective person. It defines whether we are involved in healthier habits, and it even defines who our friends are. The same goes for some people towards their profession. Some people get so involved in what they have been doing for such a long time that they forget to look up and see what is happening in the world around them. Their profession defines them: she/he is a teacher! She/he is a control freak.
Change is hard! We know that as a fact! To change our eating habits or even think about changing our daily routine in order to try to fit in a gym classes is disastrous!
Change is directly related to self-motivation. When we talk about changing the way we teach which also involves trying to change 30 or 40 students’ way of learning, the healthiest question would be: why change? I have heard many teachers say: “It is working so well“, “Students are quiet and listening to me”, “Why should I change?” That is why our schools are still in the 70´s. That is why students are still not able to learn a foreign language in school. Lack of self-motivation. Not only students’ self-motivation but teachers’ self-motivation as well.
The question we should be asking ourselves is:  are our students learning the way we are teaching?
Information without action is worthless. Teachers may be studying about soft skills and reading about the importance of enhancing our students’ critical thinking, and increasing their oral practices through projects and group work. However, they are still too scared to actually cross the line, put students in small groups, and allow a little chaos in the classroom. Teachers are not self-motivated enough in order to promote change. We are too focused on the word teaching and have forgotten to understand the concept of learning.
Teaching has now reached a complex step because, all of a sudden, students matter. Classroom planning is about student´s interest, promoting  students’ choice,  questioning their readiness to learn. Teaching is not only about content but, in fact, how you choose to display the content and how students will make sense of the content (process). Teaching is about students’ engagement and their understanding of the process. Teaching is questioning! But the level of the cognitive demand is important. What are we questioning? It has been said that 60% of the questions asked in the classroom are recall questions, 20% are procedural questions, which leaves only 20% for the most important questions: the ones that make students engage, reflect and interact.
Teachers need patience, persistence, and a strong commitment to change our school system. Project-based learning, group work, active learning, cross-curricular projects are classroom activities that are here to stay. It is up to us teachers to embrace this change so we can develop our students into the citizens we want and need them to be.


terça-feira, 15 de março de 2016

O Ensino da Língua Inglesa e a Interdisciplinaridade

(Juliana Tavares)
Gosto muito do início do ano e das atividades de planejamento. Para mim, metaforicamente falando, é como se tivéssemos em nossas mãos um caderno branquinho, impecável, com aquele cheirinho de papel novo, pronto para ser preenchido com aprendizado e experiência. E todo esse aprendizado, nós tentamos antecipá-lo em nosso planejamento, como que em uma tentativa de determinar a forma que cada página será preenchida durante o ano.

E foi que, ao final de uma semana bastante produtiva com nossa equipe de professoras de línguas e demais colegas coordenadores e professores de outras áreas, uma de nossas metas para este ano ficou estabelecida de forma bastante unânime, dada a sua importância nos dias de hoje: para crescermos como equipe e como escola de uma forma geral, precisamos começar a pensar coletivamente, a dialogar com outras áreas e a fazer esse diálogo transparecer em nossas aulas; ou seja, praticar a interdisciplinaridade, para que ela se torne parte integrante da cultura e da proposta pedagógica da escola. Mas o que isso significa para o professor de língua estrangeira? Como tal prática se configura em nosso contexto e o que é preciso fazer para estreitar laços e estabelecer pontes com as demais disciplinas?

Sempre pensei no ensino da língua através de um olhar multidisciplinar porque acho que, para ter significado, uma língua não pode ser aprendida apenas por ela mesma. Ensinamos a língua através da Literatura, da Arte, da História, da Geografia, da Gastronomia, da Música e até mesmo das Ciências Exatas, já que nosso insumo geralmente é pautado nos mais diversos assuntos e gêneros textuais, provenientes de diferentes contextos.

Porém, interdisciplinaridade é mais que isso. Para o profissional de línguas do contexto escolar, ela está muito ligada à curiosidade em saber mais sobre o objeto de estudo das demais disciplinas e procurar meios de contribuir, através da língua estrangeira que ensina, para o enriquecimento desses diferentes objetos de estudo no universo do aprender de seus alunos. Está em mostrar aos alunos o quanto a língua está profundamente relacionada com a história de um povo, o quanto ela, geograficamente falando, afasta e aproxima nações; como a matemática e seus instrumentos de sistematização podem auxiliar-nos na sistematização da gramática; como a ciência busca a lógica da etimologia para nomear e classificar. Para isso tudo, é essencial que eu saiba do que estou falando, que eu tenha respaldo e o busque com aquele que pode fornecê-lo. E é justamente aí que entra a imprescindível importância do diálogo e integração entre os educadores de todas as áreas. Sem conhecer-nos uns aos outros, é impossível nos aproximarmos.

Finalmente, buscando em Paulo Freire respostas e elucidação para esse conceito, me deparo com a frase que norteia sua Pedagogia da Autonomia e que deveria ser palavra de ordem para qualquer educador: não há docência sem discência. No tocante da interdisciplinaridade, aprendemos com o outro a beleza do que não é nosso, para então fazermos nosso também. E nos tornamos alunos de nossos colegas, assim como eles se tornam nossos também

terça-feira, 8 de março de 2016

Diferentes formas de se trabalhar em grupos na sala de aula.


Sabemos da importância de trabalhar com diferentes formatos na sala de aula para que tenhamos ritmos diferentes e instigar e motivar nossos alunos. Um desses formatos é desenvolver pequenos projetos em grupos menores. Mas qual deve ser o tamanho desses grupos? Isso depende muito do número de alunos que você possui em sua sala de aula. Depende também do tempo que você tem disponível, do espaço físico de sua sala e da natureza do seu projeto.

Seguem abaixo algumas sugestões interessantes:


 

Buzz groups

 
Número de alunos: indeterminado
Duração: 3-10 minutos
Espaço físico: sem limitação
Objetivo: impulsionar ideias/respostas, estimular o interesse do aluno, auxiliar o aluno no entendimento de uma ideia.
Descrição: Esse formato de grupo faz com que os alunos se engajem em discussões pequenas e informais, normalmente respondendo a uma pergunta. Em um dado momento de sua aula, peça que os alunos procurem de 1 a 3 colegas para discutirem qualquer dificuldade que eles estejam tendo, responderem a certa pergunta, definirem e darem exemplos sobre um conceito apresentado, ou ainda especularem o que irá acontecer no próximo momento da aula.

 

Think-pair-share

Número de alunos: indeterminado
Duração: 5-10 minutos
Espaço físico: sem limitação
Objetivo: impulsionar ideias, aumentar a confiança do aluno em suas respostas, encorajar participação.
Descrição: Essa estratégia possui três etapas distintas: primeiro, o aluno pensa individualmente a respeito de uma determinada questão. Em seguida, o aluno senta-se com um colega e compara suas ideias. Finalmente, eles abrem a discussão e compartilham suas ideias com a classe toda.


Circle of Voices

Número de alunos: indeterminado
Duração: 10-20 minutos
Espaço físico: cadeiras que possam ser mudadas de lugar.
Objetivo: impulsionar ideias, desenvolver estratégias auditivas, incentivar a participação de alunos e equalizar o ambiente de aprendizagem.
Descrição: Essa técnica consiste em cada aluno ter seu momento para falar. Os alunos formam círculos de quatro ou cinco membros. Dê um tópico a cada aluno e permita que ele desenvolva uma ideia a respeito do tópico por alguns minutos. Em seguida, a discussão deve se iniciar, sendo que cada aluno do círculo tem até 3 minutos (estipule um tempo), sem interrupções, para falar. Durante esse tempo, ninguém pode dizer nada. Após todos os participantes terem exposto suas ideias, os alunos devem discutir nos pequenos subgrupos a respeito da fala de um dos integrantes. Os alunos não devem discutir sobre o seu tópico, mas sim sobre o tópico do outro.


Rotating trios

Número de alunos: 15-30
Duração: no mínimo 10 minutos
Espaço físico: um espaço maior onde as cadeiras também possam ser mudadas de lugar.
Objetivo: apresentar os alunos aos seus colegas e impulsionar ideias.
Descrição: Essa estratégia consiste dos alunos discutirem tópicos alternando-se em diferentes trios. Prepare as perguntas antes da aula. Na sala de aula, agrupe os alunos em trios, que devem estar em forma de um grande círculo formado pelos trios. Dê aos trios uma pergunta e peça que cada membro do trio a responda. Em seguida, peça aos membros de cada trio que se numerem com os números 1, 2 e 3. Peça ao número 1 de cada trio que se desloque para o grupo do deu lado esquerdo. Peça ao número 2 de cada trio que se desloque para o trio do seu lado direito. O aluno de número 3 fica onde está. Assim, será formado um novo trio. Agora dê novamente outra pergunta com um nível de dificuldade um pouco maior. Continue com a rotação dos trios e introduzindo novas perguntas.


Snowball groups/pyramids


Número de alunos: 12-50
Duração: 15-20 minutos
Espaço físico: cadeiras que podem ser mudadas de lugar.
Objetivo: impulsionar e desenvolver estratégias de tomadas de decisão
Descrição: Usando essa técnica, os alunos primeiro trabalham individualmente, em seguida em pares e depois em quarteto, etc. Na maioria dos casos, após o trabalho em quarteto, o projeto é encerrado com a classe toda. Certifique-se de ter questões interessantes, significativas e não repetidas para não permitir que os alunos percam a motivação. Por exemplo: peça aos alunos que façam perguntas a respeito do tópico discutido em sala de aula. Em pares, eles devem tentar responder à pergunta do outro; em grupos de quatro, ele devem tentar responder às perguntas que não foram respondidas, ou procurar um ponto de controvérsia dos pares. Na sala como um todo, um representante de cada grupo reporta suas conclusões para a classe.


Jigsaw


Número de alunos: 10-50
Duração: no mínimo 20 minutos
Espaço físico: Espaço amplo
Objetivo: aprender conceitos com maior profundidade, desenvolver senso de equipe no qual alunos ensinam alunos
Descrição: Essa estratégia transforma o aluno em um expert em algum aspecto de determinado tópico para depois compartilhar seu conhecimento com o outro. Divida o tópico em partes. Forme 3 a 5 subgrupos a dê a cada subgrupo uma parte diferente do tópico. O objetivo de cada subgrupo é desenvolver essa parte do tópico e se especializar nesse assunto através de brainstorming, desenvolvendo ideias e se possível, pesquisa. Ao terminar a discussão, reorganize os grupos para que cada grupo tenha com um membro de cada especialidade. Em seguida, os alunos desse novo grupo devem compartilhar suas ideias, formando assim o tópico por completo. Uma forma mais visível de dividir o tópico para os alunos é distribuir os subtópicos em folhas de cores diferentes. No primeiro estágio, os grupos são compostos de alunos com as folhas de mesma cor; para o segundo estágio, cada membro deverá ter uma folha de cor diferente.


Fishbowl


Número de alunos: 10-50
Duração: no mínimo 15 minutos
Espaço físico: espaço amplo
Objetivo: observar interação entre grupos, prover oportunidade para análise.
Descrição: Essa estratégia desenvolve oportunidades de observação onde um grupo irá observar o outro. O primeiro grupo forma um círculo e discute um tópico ou desenvolve um diálogo. O segundo grupo forma um círculo ao redor do primeiro grupo. Esse grupo deverá observar como esse grupo participa entre si, analisar seu funcionamento, ou somente observar e analisar a tarefa a ser cumprida.


Learning Teams


Número de alunos: indeterminado
Duração: indeterminada
Espaço físico: sem limitação
Objetivo: intensificar relacionamentos entre os alunos, aumentar a confiança em participar de projetos.
Descrição: Os alunos são divididos em grupos no início do semestre. Nos momentos durante os quais você for desenvolver atividades em pequenos grupos ou equipes, os alunos devem recorrer aos grupos formados no início do semestre. Grupos de quatro membros são interessantes, pois podem ser subdivididos em pares, se necessário. 



Referências Bibliográficas:


Brookfield, S.D., & Preskill, S. (1999). Discussion as a Way of Teaching: Tools and Techniques for Democratic Classrooms. San Francisco: Jossey-Bass Publishers. Habeshaw, S., Habeshaw, T., & Gibbs, G. (1984). 53 Interesting Things to Do in Your Seminars & Tutorials. Bristol: Technical and Educational Services Ltd.
Jaques, D. (2000). Learning in Groups: A Handbook for Improving Group Work, 3rd ed. London: Kogan Page.
Johnson, D. W., Johnson, R. T., and Smith, K. A. (1991).Cooperative Learning: Increasing College Faculty Instructional Productivity. ASHE-ERIC Higher Education Report No.4. Washington, D.C.: School of Education and Human Development, George Washington University.
Race, P. (2000). 500 Tips on Group Learning. London: Kogan Page. Silberman, M. (1996). Active Learning: 101 Strategies to Teach Any Subject. Boston: Allyn and Bacon.
Slavin, R. E. (1995). Cooperative Learning: Theory, Research, and Practice, 2nd ed. Boston: Allyn and Bacon.


(Adaptado e traduzido de: https://uwaterloo.ca/)

Organizando sua sala de aula

Louise Potter / Juliana Tavares 

Um aspecto muito importante para que se tenha um resultado positivo na aprendizagem é saber como realmente organizar e planejar sua aula. 

E o que isso significa? As carteiras estarem organizadas? Os alunos estarem sentados em silêncio? O professor estar a postos, pronto para dar ordens e liderar a aula? Não necessariamente, apesar dos fatores acima também fazerem parte de uma aula bem organizada. 

Porém, antes entrar em sua sala, é preciso ter bastante claro seu objetivo final: o que você espera que seus alunos aprendam até o final de sua aula? Como você irá avaliar se seus alunos realmente internalizaram o que você quis ensinar? 

Para isso, seu trabalho começa em casa, antes de entrar na sala de aula. É necessário ter um plano dividido por tarefas e que o tempo e arranjos necessários para elas sejam devidamente contabilizados. 

Lembre-se de sempre começar sua aula com um warm-up em forma de jogo ou atividade em equipe. Dessa forma, você pode rever com a classe o conteúdo trabalhado na aula anterior de uma forma lúdica e divertida. Esse momento deverá tomar, no máximo, 10 minutos da aula. Em seu planejamento, lembre-se de listar os materiais que você vai precisar, assim como as principais instruções que os alunos deverão receber. 

Em seguida, você já deverá apresentar o conteúdo e a linguagem com a qual você quer trabalhar naquela aula, retomando sempre a ideia dos objetivos claros. Atividades de Listening e de Reading são ótimas maneiras de se apresentar um novo conteúdo, mas lembre-se sempre de ter em mente seu planejamento. A apresentação da linguagem deve levar no máximo 15 minutos e a sequência deve também estar registrada em seu planejamento. Em seguida, os alunos deverão praticar essa linguagem usando pair work ou group work. É sempre importante fazer uma prática controlada antes dos alunos trabalharem sozinhos. 

Por último, você deverá preparar uma atividade para que os alunos possam usar essa linguagem de maneira mais livre, preferencialmente através de um jogo, ou alguma tarefa lúdica e divertida. Organizando seu planejamento dessa forma, você tem uma aula de 50 minutos com objetivos claros, na qual seus alunos permanecerão ocupados durante todo o tempo. 

É claro que o que acontece na sala de aula pode ser bem diferente, já que na interação com alunos, as dificuldades e imprevistos que surgem são bastante variáveis. Porém, com um bom planejamento em mãos você tem uma linha clara para seguir. Ao conciliar as colocações dos alunos, que são sempre bem-vindas para que sua aula seja contextualizada e significativa, você terá um guia claro em mente, que o ajudará a manter o foco em seu objetivo final.